29 de nov. de 2007

Paraíba

João Pessoa

15:03 | 20.11.2007

Dia da Consciência Negra é comemorado com filmes e palestras no Cefet


O Grêmio Estudantil Alicerce e o Cineclube José Dumont estão promovendo atividades no Cefet-PB em virtude do dia da Consciência Negra, comemorado neste 20 de novembro, em memória ao assassinato de Zumbi dos Palmares. Na programação, estão palestras, exposições e exibição de filmes sobre a temática.

Hoje, às 9h50, foi realizada uma palestra sobre “A representação Social do Negro no Cinema Nacional”, no Anfiteatro (Sala de Videoconferência), com Carlos Adriano, da Universidade Federal da Paraíba. Às 15h30, no Anfiteatro, o Cineclube exibirá o curta-metragem “Santa Rita Preta” e o documentário “A Negação do Brasil”, de Joel Zito Araújo. Após a exibição, haverá um debate sobre o filme com o professor Romero Venâncio, da UFPB.

Nesta segunda-feira, 19, foram realizadas palestras. A primeira palestra foi sobre a Lei 10.639, que determina o ensino de história e cultura afro-brasileira com o militante do Movimento Negro, Elio Flores. À tarde, a vereadora da Capital paraibana, Paula Frassinete, ministrou uma palestra com o tema: “Negritude e Feminismo”. À noite, aconteceu uma palestra sobre Cotas, ministrada por Carlos Henrique da Silva, da ONG Malugus.

Além das palestras e filmes, os estudantes promoveram uma exposição de fotografias intitulada “Lugar de Negro na Cidade de João Pessoa”, realizada por Elivan Arantes que está exposta no Pátio Central da Instituição. Outra exposição é o Varal Literário com poemas de autores africanos e negros.

Cineclube – Nesta quarta-feira, 21 de novembro, no Anfiteatro do Cefet-PB, às 15h30, será exibido o filme “Jaguaribe Carne: alimento da Guerrilha Cultural”. O músico Pedro Osmar estará presente nesta sessão do Cineclube José Dumont para debater com a platéia sobre a história do Jaguaribe Carne, junto com outros integrantes do grupo.

Fonte: WSCOM Online


CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Em João Pessoa,PB, por exemplo, a Pastoral Afro, promove a Semana da Consciência Negra: Zumbi vive! Viva Zumbi!. Hoje, dia 20, às 9h, aconteceu a missa afro-brasileira, na igreja São Frei Pedro Gonçalves, no Centro Histórico da cidade. Amanhã, 21, outra missa afro acontecerá às 19h, na paróquia Jesus Ressuscitado, presidida pelo arcebispo emérito da Paraíba, dom José Maria Pires. Em seguida, ocorrerão a inauguração da Sala Dom José Maria Pires e exposição fotográfica das comunidades quilombolas. Nos dias 22 e 23, serão realizadas oficinas de dança, percussão e penteados afro. No dia 24, na paróquia Santo Antônio de Lisboa, acontecerá a palestra Ações afirmativas, cotas na educação, com o professor da Universidade Federal da Paraíba, Elio Chaves

Fonte: CNBB


Bispo Católico Negro: D. Pelé ou D. Zumbi

Militante da causa, o arcebispo da Paraíba, que ganhou os apelidos de d. Pelé e d. Zumbi entre os colegas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a cujas assembléias comparecia vestindo trajes africanos, continua a brigar, aos 88 anos de idade, em defesa dos negros. “Na próxima terça, vou participar de uma caminhada em João Pessoa para comemorar o Dia da Consciência Negra”, anunciou em Belo Horizonte, onde passou a morar depois de se aposentar.

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Marcha Contra o Racismo

O ato "Estado da Paraíba Contra o Racismo, pela Cidadania e a Vida" realizado em João Pessoa foi também em comemoração pelo Dia Nacional da Consciência Negra. Para os organizadores dessa Marcha, "o dia 20 de Novembro não é dia de trabalhar ou estudar. É dia de desobediência civil, cívica e cidadã. Um dia de luta pela dignidade do Povo Negro no Brasil e na nossa cidade".

Em comunicado de convocação da população para a Marcha, entidades do movimento negro reivindicam: 40% do total das vagas na UFPB, UFCG e UEPB para o povo negro e 10% para o povo indígena; a aprovação da Lei de Cotas (Projeto de Lei 73/99); a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e do Fundo Nacional de Promoção da Igualdade Racial; a criação da Secretaria Estadual e Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; implementação pelos governos Municipal e Estadual da Lei 10.639 - História e Cultura da África do Povo Negro no Brasil, em todas as Escolas.

E ainda: a ampliação do orçamento da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) pelo Governo Federal; a regularização fundiária das terras das comunidades de quilombos na Paraíba, em cumprimento ao Art. 68 da Constituição Federal e ao Decreto 4. 887 / 2003; que os Governos Municipais e Estadual implementem o que orienta a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Negra; a participação de 40% de Artistas Negros nos Meios de Comunicação do Estado e Município; e direito previdenciário à todos os dirigentes de Terreiros de Candomblé, Umbanda e outros cultos de Matriz Africana.

As entidades exigem "um choque de inclusão social na Paraíba, para diminuir as desigualdades sócio-raciais, construir a justiça e avançar a democracia. Este é o legado de Zumbi e do povo de Palmares".

Fonte: Terra Azul

Veja mais noticiário: Governo da Paraíba


Movimento Negro da Paraíba

Av. General Osório, S/N - Teatro Cilaio Ribeiro-Centro
CEP.: 58.010-780-Fone:0xx(83)-241-3921
João Pessoa-PB / Brasil



NOSSA HISTÓRIA

Existimos desde 1979. Surgimos da necessidade de lutar em prol dos Direitos do Povo Negro e ajudar a sociedade a acabar com o racismo no Estado da Paraíba.
Nascemos com o nome de Movimento Negro de João Pessoa - MNJP, existindo assim por mais de dez anos. O MNJP, enquanto primeiro grupo organizado que lidava com a questão dos negros, gerou diversas outras organizações do nosso Estado(grupos de estudos/pesquisa, grupos de dança, música, religiosidade, formação política, etc.).
Em 1990, ano em que o MNJP findou-se, esses diversos grupos gerados, seguiram atuando sem "direção" até que no ano seguinte criou-se uma "entidade-mãe" para congregar as demais, que se ressentiam de estarem dispersas e/ou cada um na sua.
As conversas, reuniões e encontros foram acontecendo e somente ao final de 1996 é que resolvemos, de fato, nos sentar e deliberar, oficialmente, a criação desse organismo tão desejado por todos. Dois anos de avaliação foram necessários para que, em 17 de abril de 1999, numa reunião em João Pessoa-PB, fundássemos o atual Movimento Negro da Paraíba (MNPB).
Nossa certeza é que, enquanto entidade agregadora e representativa do Movimento Negro realizado na Paraíba, as questões gerais do interesse do povo negro deverão passar pela nossa militância e atuação.

O QUE É O MOVIMENTO NEGRO DA PARAÍBA?

O MNPB é a união de diversas organizações negras: comunidades descendentes de antigos Quilombos(Caiana dos Crioulos, Zumbi, etc), grupos artísticos (Banda Ylê Odara, Bateria Show da Escola de Samba Malandros do Morro, Grupo de danças Afroprimitivas, Grupos de Hip-hop...), grupos de formação (alfabetização, reflexão, professores, intelectuais negros e outros), grupos de arte marcial (Badauê dos Palmares, Afronagô e outros), entidades de articulação e luta em defesa dos direitos da etnia negra (Movimento da Ação Negra e Agentes de Pastoral Negros), grupos de gênero (Mulheres Negras, Mulheres Negras da Liberdade, etc.), comunidade de Religião dos Orixás (terreiros), dentre outras formas de organização.

OBJETIVOS

Os objetivos do MNPB são: ajudar ao negro a gostar de si, a se valorizar, a exigir respeito por si e pelos seus direitos, a viver em harmonia e solidariedade com as outras etnias (indígenas, brancas e outras); estimular o povo negro a manter viva sua memória histórica (organizações e lutas) e cultura (capoeira, candomblé, samba, acarajé, penteado etc). TRABALHO

Para atingir as suas metas, o MNPB cria, visita e acompanha grupos e comunidades. Elabora material para a formação, realiza encontros, celebrações e manifestações públicas, assim como divulga suas atividades através dos meios de comunicação.
O material preparado e/ou adquirido para ser utilizado pelo MNPB é composto de: panfleto, cartilhas, canto, programa de rádio em fita cassete, vídeo, jornal e livro. O Jornal Negra Voz é dos APNs e está aberto a colaboradores de qualquer entidade negra, bem como a entidades e pessoas de outras etnias. Tem circulação mensal com uma tiragem de 1500 exemplares, que são distribuidos gratuitamente com as organizações de base, escolas, meios de comunicação e simpatizantes. Embora a prioridade de sua distribuição seja na Paraíba, o Jornal Negra Voz também é distribuído nacionalmente e todo material está à disposição de quem dele necessite, independente de origem étnica.

INTEGRANTES

Participam do MNPB pessoas de diversas etnias, sendo a maioria negra, e alguns brancos, porém, está aberto a qualquer etnia; gente de classes sociais diferentes, principalmente empobrecidos e um reduzido percentual da classe média; mulheres e homens, de várias opções sexuais; gente de diversas faixas etárias(de crianças a idosos); gente de diferentes níveis de formação, do analfabeto(com sua rica experiência de vida e sabedoria) ao intelectual escolarizado de grau universitário, com mestrado e doutorado; gente de religiões e filosofias diversas, como católico, evangélico, filho de santo e holístico, sendo leigos, religiosos e sacerdotes; gente do campo e da cidade de todo o Estado da Paraíba; gente de nacionalidades brasileira, italiana, africana e americana; gente de profissões variadas, dentre as quais: cozinheiro, costureiro, agricultor, doméstico, compositor, cantor, ator, diretor teatral, dramaturgo, professor, psicólogo, jornalista, funcionário público, videasta e desempregado.

ORGANIZAÇÃO DO MOVIMENTO

O MNPB está organizado da seguinte forma:

a)GRUPOS DE BASE - Organizações e comunidades de apoio ao negro.

b)EQUIPE DE COORDENAÇÃO - Formada a partir de interesses de voluntários preocupados em articular as entidades negras. A equipe de coordenação tem como finalidade:
- sugerir bandeiras de lutas;
- refletir a caminhada do momento e encaminhar eventos(Encontro Estadual, Dia da Consciência Negra, exposição de trabalhos, etc.)

c)EQUIPE DE ARTICULAÇÃO - Tem o objetivo de acompanhar a caminhada das organizações na base, animando a união entre elas.

d)EQUIPE DE FORMAÇÃO - Responsável pela elaboração de subsídios (cartilha, jornal, vídeo, etc.) e assessoria.

e)EQUIPE DE DIVULGAÇÃO - Constituída de diferentes pessoas que, a cada iniciativa, cuidam de informar à base do MNPB e ao povo em geral sobre lançamento de subsídios, datas comemorativas, encontros diversos, etc.

f)EQUIPE DE FINANÇAS - Constituída para cada evento, desenvolvido pelo movimento, tem a função de levantar fundos, administrar e prestar contas dos recursos de determinada atividade.

CIDADES DE ATUAÇÃO

O MNPB está atuando, com representantes, nas seguintes localidades: João Pessoa, Santa Rita, Gurinhém, Alagoa Grande, Santa Luzia, Pombal, Catolé do Rocha, Campina Grande, Cabedelo e outros municípios. Em alguns deles, está também na zona rural como em Alagoa Grande(Caiana dos Crioulos e Zumbi), Pombal e Catolé do Rocha(Lagoa Rasa), e exclusivamente na zona rural em São Bento, no povoado de Vertente.
A atuação do MNPB também se estende ao Rio Grande do Norte (Alexandria e Mossoró).
Atualmente a sede do MNPB encontra-se no Teatro Cilaio Ribeiro(Centro) - fone:Oxx(83) 241-3921.

ENTIDADES QUE APOIAM O MNPB

Entidades governamentais, empresas, ONGs, Igreja Católica, meios de comunicação, profissionais liberais, entidades e comunidades negras. O MNPB mantém parceria com o Conselho de Psicologia PB/RN, com a Curadoria dos Direitos do Cidadão, com a Fundação de Defesa dos Direitos Humanos Margarida Maria Alves e com os APNs(Agentes de Pastoral Negros). Os APNs recebem apoio de entidades e pessoas italianas, colocando-o a serviço do movimento.

PRINCIPAIS BANDEIRAS DE LUTA

a)Promover a auto-estima - ajudar o negro a gostar de si...

b)Conscientizar a raça negra para que seja feita uma releitura dos acontecimentos a partir da compreensão do seu papel na história.

c)Combate ao racismo através de campanhas de esclarecimento e do Disque Racismo, que é um serviço de apoio jurídico e psicológico.

d)Desenvolver ações educativas e de sensibilização para que as pessoas possam ter respeito em relação à religião dos Orixás, levando especialmente o negro, a entendê-la e valorizá-la, mesmo que ele seja de outra religião.

e)Reconhecimento das comunidades negras descendentes de antigos quilombos: "desapropriação".

f)Solidariedade às outras etnias, nas suas lutas por uma vida digna.

g)Formação permanente da militância através de cursos, palestras, simpósios, debates, encontros, leituras, reciclagens, revisão de prática, etc., procurando reforçá-la no compromisso de defender os intereses do povo negro.

Fonte: Google (cache)

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